30.4.09

Strings

Composto em poucas horas. Tem um ambiente sombrio na maior parte da música, com uma variação aguda, seguida de uma calma abrupta.


26.4.09

Short Piano Piece

Um temazinho em piano que compus há umas semanas. É uma melodia simples
com uma ligeira variação no final.
A qualidade do som não é muito boa, mas chega para não ser obscena. Tive de
usar o microfone do computador para gravar.



Usei o Fruitloop Studio 8 (Demo) para criar esta música (porque não tenho piano).

25.4.09

Manhã





Excerto de Manhã.

Armário

   Perdi as minhas lágrimas algures. Há muito tempo que não vejo uma. Devem estar guardadas numa gaveta. Tenho um armário muito grande. Não se percebe bem. As melhores gavetas são as que não estão pintadas: são as mais simples e bonitas. Também são as mais largas e fundas. Deve ser numa delas que as lágrimas estão guardadas.
   Gosto muito deste armário. Às vezes consigo detestá-lo, mas não ultimamente. É enorme e velho. Parece ter centenas de anos. Mas fui eu que o fiz. Levo-o para todo o lado. É de todas as cores e de nenhuma. Guardo lá tudo. Está cheio, mas quase todos os dias encontro novas gavetas.
   Agrada-me o facto de o meu armário ser grande e estar cheio. Gosto de ter copos grandes para encher. É difícil, mas muito mais recompensador. Tenho pena daqueles que têm um armário pequeno. Não têm espaço para nada. 


Filipe Dumas, 28 de Março de 2009

Textinho simples, curto, mas com grande significado. encontre-o agora. Tinha-me esquecido dele.
Ah, encontrei algumas das lágrimas.

Black Doll White Doll

23.4.09

Esqueleto Da Verdade

De brumas nocturnas cresce o olhar
(É negra para outros a paixão de chorar).
Neste grito de escândalo e pânico,
Que ama este amor vulcânico,
Arrasta-se o olhar pelas maldições
Escondidas em escuras canções.

Vi o morto falar de musas
– Cadavéricas verdades que usas –
E num rodopio antigo de emoções
Desmancham-se agonias e corações:
A história da besta que viu a luz,
Um ser perfeito destrói a cruz.

21 de Abril de 2009

22.4.09

Placebo: Novos Singles




Bem... Que desilusão. Pelo menos a primeira impressão.
Não gostei nada. Comparando com o último álbum.
Fiquei triste. Fiquei irritado. Agora são os nervos a falar, mas...
Bah.

Dor

A dor, que me perfura lentamente,
Atravessa-me a alma nua e frágil,
Como arpão decorado de espinhos,
Rasgando e enterrando-se nos confins
Mais profundos daquilo que me guia.
A dor, desesperante e impiedosa,
Arde no interior escondido e íntimo
E assa, como a fornalha do Inferno,
A minha alma escurecida e já vazia.
Como que a vários milhões de graus
Ardo em pranto gélido e distante,
E a única vontade que me surge,
Diante desta perene escravidão,
É de, com um golpe rápido,
Desaparecer em busca da paz
Na tua eterna companhia.

21.4.09

Efémero

O vento arrancou as filhas das árvores,
A terra rugiu e berrou e gritou e gemeu,
As árvores arderam espontaneamente,
Os animais caíram mortos para os vermes,
Tudo para os vermes, porque só eles resistem.

As rochas ruíram e tudo esmagaram,
Orpheus puxou as correntes e falhou,
Os homens fugiram em círculo,
Tudo caiu morto para os vermes,
Tudo para os vermes, nada passa disso.


Para experimentar. 

20.4.09

London After Midnight

Uma banda gótica/industrial da qual gosto muito.
Ultimamente tenho ouvido. São únicos, realmente.









19.4.09

Hoje chorei.

17.4.09

Lembro-me das névoas confusas


Lembro-me das névoas confusas:
Cercam aquele momento
Que, desejado e impossível,
Nunca chegámos a ter.
Lembro-me da sinceridade
Que, mentirosa, mostra aquilo
Que não se vê nunca
E existe apenas num olhar.
Sinto lágrimas arrastarem-se
Como ácido pela tua cara,
Por detrás de um sorriso
Com medo e a pedir tudo.
Uma saudade estridente,
Um véu de lágrimas
Sobre o rosto que pede
E nunca encontra.
Um enigma labiríntico,
Uma saudade do momento
Que, desejado e impossível,
Nunca chegámos a ter.

11.4.09

Fascism Of Beauty

EU SEI. Não me tem apetecido escrever.

9.4.09

Sobre ontem...

...tive um pequeno acidente.

Ao tentar apanhar um taxi perto da loja onde fui comprar a guitarra (já a tenho. Histeriaaaa!), levei uma cacetada na cara do retrovisor de uma carrinha/camioneta/algo do género. Fui levado pelo INEM para o hospital e passei lá a noite (sendo que das 20h00 às 03h00 estive à espera que me assinassem a alta). Saí de lá pelas 8h30 de hoje.
Levei um ponto na bochecha esquerda e outro na parte de trás da cabeça. nada de sério. Uns arranhõezinhos.

O que aprendi:
   - linguagem dos enfermeiros: "está quase" significa "faltam seis horas".


Amanhã deverei escrever algo mais a sério sobre o assunto. Até lá.

7.4.09

O Meu Novo Bebé!


Vou amanhã de manhã buscá-la! *baba*
Estou a fazer uma figura triste.
Devo parecer um caniche excitado.
Deus existe, sim, na forma de uma Epiphone Les Paul Standard.

5.4.09

Janela

   Vejo-os andar insignificantes e emprestados uns dos outros. Observam estátuas de metal. Observam algo que pensam compreender, algo que tem um significado tão vazio como o resto das suas vidas. Não se sintam enganados, sou só mais uma estátua de metal. Sou igual a todos os outros. Uma peça da orquestra biológica que toca uma sinfonia muda.
   Deuses impossíveis. Perfeições falsas. Um rosto para o qual olham em desespero, um rosto para explicar o nada assombrante. Tempos desvanecidos eternizados. É triste e cómico. Sadicamente cómico.
   Tentam ser como esse rosto. Tentam algo ridículo. Algo estandardizado, algo ingénuo. Algo cego e apetecível. Algo conveniente. Mas foi sempre assim, não é? O humano é fraco por Natureza.
   Olhei pela janela e vi estes pequeninos seres, a meia centena de metros, a idolatrar umas estátuas de metal. Será que as acham realmente bonitas ou é só porque se diz que é uma obra de arte? Cá para mim é o segundo. As estátuas estão vazias por dentro. São ocas, como os seus admiradores.
   Mas… não deixam de ter um certo encanto, não é? Uh, mistério. É no sentimento que reside a razão escondida.
   Orquestra? Hmm... Prefiro duetos.

1.4.09

Momento De Improvisação


Grita. Corre. Explode. Canta no banho. Salta de uma altura perigosa. Magoa-te. Ri-te disso. Imita-te. Imita aqueles que valem a pena. Inova. Cria. Bate com a cabeça. Ri-te disso outra vez. Escreve algo estúpido. Escreve algo assustador. Veste-te de uma maneira livre. Caga nos outros. Estão todos a olhar. Mata-te a viver. Faz aquilo que te apetece. Pensa. Reflecte. Pára. Vive o pensamento. Vive o sentimento. Aproveita. Mergulha. Desespera. Canta Marilyn Manson. Canta Massive Attack. Canta algo teu. Pinta qualquer coisa. Pinta tudo. Destrói tudo. Ama aquele alguém. Grita de novo. Corre. Explode. Improvisa.

Improvisa mesmo... não dá para evitar.