30.12.09

o nirvana somos nós



abandonos constantes. esta letargia mental e física cansa-me. refugio-me em pixeis vazios. tudo o que quero é interromper este intervalo e voltar a viver contigo. deitar-me, encostado a ti. olhos contra olhos. mãos como ímanes, as minhas agarradas às tuas. quero que  aquele sorriso perene e invencível expluda. e assim o nirvana somos nós.
saudades. saudades, meu amor.

26.12.09

tenho saudades tuas.

23.12.09

(deixa-me respirar)


os transportes públicos são deprimentes.

e agora vestes-te de inverno



repito-te sonoridades extremas recônditas no meu coração, em silêncio. agora ouve. agora escuta bem. ouves o sangue suplicar por ti? ouves?
ouve-o beijar-te como se estivesses dentro dele. e ouve-o apodrecer sem ti.

20.12.09

passeio fúnebre



estas mutilações mentais, que se arrastam, (em tom de passeio fúnebre) ardem em minha alma. porque te mutilas? porque te destróis? porque te corróis? porque te deixas prender aos condenados, que de ti não são merecedores? porque te prendes?...

15/12/2009

respiração que se vê



o desabrochar da lentidão destas tardes cinzentas e geladas apontou-me para a arte. foi quando os poemas se sustiveram como gotas de chuva paradas no ar. foi quando o sol me atravessou sem sequer existir. foi então que os lábios gelados murmuraram aquele segredo que não o é. e o gelo quebrou-se - das suas fendas brotaram cantos e melodias. as imagens escaparam da língua e fotografaram-se. delicada, em toda a sua história e presença, a vida cintilou.

15/12/2009

17.12.09

perfil de uma voz triste



costumavas acordar-me o passado. hoje, a tua voz triste deslumbrou-me. preocupou-me. que cinzento estranho. que cinzento horrível. as tuas lágrimas invisíveis electrificaram-me. desenhas-me novas chamas e soas-me a futuro, pela primeira vez.


editei uma foto que não é minha.
desculpa não ter pedido autorização para a usar.

16.12.09

pontos desassinalados

giram murmúrios em órbitas frenéticas em torno dos meus olhos vigilantes. deles despontam facas masoquistas. quem és? coelho apressado. não passas de vulto sensual. desaparece.

casa sem portas



encalacrei-me em teus lábios. uma espiral de sabores e dissabores, um convento na colina da paixão. crescem-me ramos das mãos, a pele escureceu e afeiçoei-me à terra com demasiadas raízes. enterrei-me. os olhos respiraram-te uma última vez. que tenebrosa despedida.
não és tu que me queres?
pertenço-te, terra. que me torne verde e pesado, que me vista de pele de carvalho em vez da minha, que me abracem estes beijos morticínios.
filhos de carapaça negra – são sexo e são deus. ah, que convento fátuo de galantismo e faustosidade negra. estas carapaças, estes olhos que reluzem do escuro, que se passeiam…
divago.
divagações existenciais.
sou morto de paixão. são as minhas raízes na lama. fiz uma casa sem portas – que tenebrosa despedida. o ar é a morte.

15.12.09

You And Whose Army? - Radiohead



Nada é mais música que isto.





Come on, come on
You think you drive me crazy, well
Come on, come on


You and whose army?
You and your cronies


Come on, come on
Holy Roman empire


Come on if you think
You can take us on

You and whose army?
You and your cronies

You forget so easily

We ride tonight
Ghost horses

We ride tonight
Ghost horses

Oh, so sad

pneus



(somos) pneus que viajam sozinhos sobre campos (de batalha) pacíficos, que os olham indiferentes. (somos) vazios. intensos e desprotegidos. (somos) como mercúrio abatido. (somos) crateras de nós próprios, inférteis e cinzas. isto vai dar algum trabalho. a vida é um rascunho.

14/12/2009

14.12.09

Podemos só.. chegar todos vivos a amanhã? Ou é pedir muito?

P.s: [Quero com vivos dizer: com o coração a bater]


P.p.s: Foi postado aqui por engano. Reposto a pedido dele. Amo-o.

Joowy

solilóquio


1.12.09

You Don't Care About Us


Rage



"I burned all the good things in The Eden Eye
We were too dumb to run, too dead to die"

Muse - 29/Novembro/2009