17.4.09

Lembro-me das névoas confusas


Lembro-me das névoas confusas:
Cercam aquele momento
Que, desejado e impossível,
Nunca chegámos a ter.
Lembro-me da sinceridade
Que, mentirosa, mostra aquilo
Que não se vê nunca
E existe apenas num olhar.
Sinto lágrimas arrastarem-se
Como ácido pela tua cara,
Por detrás de um sorriso
Com medo e a pedir tudo.
Uma saudade estridente,
Um véu de lágrimas
Sobre o rosto que pede
E nunca encontra.
Um enigma labiríntico,
Uma saudade do momento
Que, desejado e impossível,
Nunca chegámos a ter.

3 comentários:

Miguel disse...

Não percebi completamente. Por isso n comento muito. GOstei. (:

Anónimo disse...

como é que sabes?
obrigada.
estou a fechar os olhos mas não me lembro de mais nada.
já sabes tão bem o que pouca gente sabe e nunca aconteceu. às vezes preciso mesmo de ficar calada e só ler o que escreves. por isso não respondi. obrigada pela pressa. fui eu hoje que me fui embora rapidamente porque estava um bocado cansada. reli a.. penúltima mensagem (?). mais do que uma vez, porque costumo reler todas. vai demorar tempo, acho. talvez seja mesmo diferente. não me importava. acho que já é. quem sabe.
obrigada por ainda não me teres dito que dramatizo tudo e que só falo de mim. egocêntrica, outra vez.
desculpa.
obrigada.

Unknown disse...

A saudade a sério... Do "que não chegámos a ter"...

Gostei, está na onda de um dos poetas de que gosto mesmo: Pascoaes

E já agora:
http://sombrasdoinfinito.blogspot.com/2009/04/only-dead-in-mist.html