27.11.08

Joowy!

Pois, eu sei que nunca se notou, mas eu supostamente também sou contribuidora do blog deste menino. O que é estúpido, visto que o blog se chama Filipe Dumas.
Nunca escrevi aqui nada, acho que nao tenho nada que escrever aqui. Mas proonto, se o rapazito insiste, eu digo um olá. Estou a estragar um blog tão bem escrito, eu sei, mas é só para informar quem não saiba, que existo e amo o Flip. Pronto, está dito.

P.s: Flip, é melhor apagares isto, porque não tem qualquer sentido =]

25.11.08

No fórum dos Muse...

No fórum oficial dos Muse, em que me registei hoje (não sei porque raio é que nunca o fiz antes), postei um tópico sobre poesia, e podem encontrá-lo neste link. Encontrei também uma poeta fantástica, cuja língua original não é o inglês. No entanto, escreve maravilhosamente bem, muito mais do que eu, na minha opinião.

17.11.08

Forever Once

Sugiro a leitura deste poema a ouvir esta música. É original dos Nine Inch Nails, do álbum The Downward Spiral, de 1994. Conheço duas covers dela, uma de Johnny Cash e outra
de Peter Murphy.

Forever Once

I once lived a hollow love,
The only thing inside was me
And that just made it emptier.
I once flew away from here,
It was only to find out
That I was falling in a well.
There was a colour in my heart,
Painted over a cold grey stone
Made out of your lies.

I once lived a hollow love,
The only thing inside was me
And that just made it emptier.
I was hoping everything,
I was waiting for you,
And that was hoping for nothing.
I know that I’m unfair,
That’s my scar burning away
And know I don’t regret it.

I once lived a hollow love,
The only thing inside was me
And that just made it emptier.
I moved past your fields
Of green and blue and life,
To feel the pain that shines.
You once lifted my love,
But now you breed my hate
Because I was inside you.

Now, I hope you know
That I’ll be forever free.
The chain you leashed on me
Is now completely shattered
And I forever free.

13.11.08

Adeus, Culturas


I'm Afraid Of Americans - David Bowie (featuring Nine Inch Nails)

12.11.08

The Scarecrow

I protect the fountain,
I am hated by all drinkers,
I am hated by the crows.

I keep away with fear
All the ones who conform,
I am hated by the crows.

I scare you, I scare you,
You run, you fly, you steal,
I am hated by the crows.

I haunt you with my thoughts
And you with your recordings,
I am hated by the crows.

11.11.08

Censurado

Fui censurado. A Senhora Rubrica II foi vetada pelos senhores Moralidade e Religião, que residem na minha escola.
Nunca irei entender o pensamento dogmático que lhes infesta a mente.
Além disso, fizeram os julgamentos preconceituosos que critico na rubrica.


Bom, censurem lá isto:

6.11.08

O Nascer Da Arte

   Encontrava-se só, à beira do riacho. Chutou, zangado, uma pequena pedra na direcção da água, que saltitou por alguns metros, até se afundar. Sentou-se e levou as mãos à cara. Uma cara que não era bela. Uma cara que também não repugnava. Mas que, ao mesmo tempo, não nos suscitasse indiferença. Era apenas diferente. A expressão, agora, era de angústia, de irritação, mas ao mesmo tempo transparecia uma paixão. Uma profusão louca de emoções e sentimentos castigava-o.
   Ouviu à sua volta o som do vento nas árvores, a luz do dia a esgueirar-se por entre o verde esclarecido das folhas, que se espalhavam abundantemente por cima dele. Juntavam-se, por vezes, o chilrear de pássaros que ali habitavam ou visitavam, uns abrigados e outros esvoaçando. Sempre presente, soando qual música de ambiente, calma e serpenteante, corria a água do riacho. Vagueava lentamente, límpida, transparente, viva. Tudo estava sereno. Os animais embalavam-se com a música da Natureza, invisíveis ao olhar do humano que contemplava, sentado onde terra e água se tocavam.
   Fechava os seus punhos e tentava enterrá-los no solo, premindo os seus dedos contra as pedras. A dor não o incomodava. Dava-lhe um prazer vermelho. Um prazer que parecia um formigueiro ardente. Cada vez com mais força, premia contra o chão de calhaus. A água chegou-se-lhe, e com ela um frio suave. Fraquejou, finalmente, retirando os punhos do solo. Estavam com marcas algo profundas. Não fez feridas, nenhuma das pedras era pontiaguda, todas tinham sido moldadas pela força hídrica da Natureza. Sentia dor. Mas era uma dor efémera, apenas para o distrair da verdadeira dor. E esta voltou a trovejar na sua cabeça, ecoando tenebrosamente. Voltou a sibilar aquela vozinha. Voltou a gritar aquela complicação.
   “Porque tem tudo de ser tão difícil?” perguntou-se, sentindo-se um adolescente que acaba de descobrir certo obstáculo novo na vida.
   À sua volta, toda a Natureza fluía entre si. Sempre calma. Com a mesma serenidade desde que ali tinha chegado. Sentia-se cansado. Levantou-se e recuou uns metros até encontrar vegetação. Ali deixou cair os seus membros dormentes, deixou escapar a sua fantasia para os céus, deixou as suas preocupações anestesiadas e abraçou a Natureza, por fim.
   Um canto emergiu. Primeiro lento, crescente… Cada vez mais alto e estridente. Relaxava-o. Parecia que lhe arrancava todas as preocupações. Convidava-o a fugir do mundo. Desejava que aquele momento se sustivesse na perenidade. Parecia uma explosão de todas as cores. Uma resposta. Não lhe interessava nada para além daquele belo som. Parecia negro, depois amarelo, prateado, verde, passava por todas as cores, toda a imaginação. No vácuo passaram todos os sabores.
   Acordou. Não entendia muito bem o que se tinha passado. Não sabia se tinha sequer acontecido.
   Apressou-se a levantar. Correu dali. Desapareceu. E sem perceber nada, recomeçou a vida.

 

 Filipe Dumas, 5 e 6 de Novembro de 2008

5.11.08

A Paixão

O desejo, desejo da união
Dos nossos corpos feros, tão ardentes
E famintos dos lábios e dos dentes,
Deste feroz desejo, da paixão...
O desejo... Atingiu o coração
E explodiu - calou todos os descrentes...




4.11.08

O Homem Cinzento

Ele estava sozinho na sala. Não havia lá mais nada para além do seu corpo nu. Apenas o seu pensamento. Uma sala sem limites. Não via o tecto, o chão, as paredes… Não via nada do que estava à sua volta. Parecia tudo escuro. Ou tudo preto. Ou talvez vazio. Estava deitado no chão, sem o ver. Sentou-se. Levantou-se e andou um pouco, procurando uma das paredes. Andou, andou, sem encontrar nada sólido. “Serão as paredes sequer sólidas?”. Podiam não ser. Podia tê-las atravessado sem o sentir. Mas não. Sabia que ainda não as tinha trespassado. Interrogou-se sobre quais os limites da sala. Perguntou-se se era uma sala. Estaria sequer num espaço físico? Estaria num sítio que transcendesse o físico?
Não sabia sequer se estava vivo ou morto. Não sabia se aquilo era um sonho, um pesadelo, uma experiência posterior à morte, anterior à vida… Não sabia, mas queria saber. Se não soubesse, apenas se sentiria perdido. Se não quisesse saber, sentir-se-ia estranhamente animalesco. O que seria pior. Mas porquê? “Por que quero saber isto tudo?” Será para satisfazer uma simples curiosidade? Será por capricho? Será para sair da sala? Será para fazer algo com a sala? Para evoluir? Para seguir em frente? Para voltar? Para acordar? Ou teria simplesmente de esperar para acordar daquilo que poderia ser um sonho? Será que, se se sentar e esperar, acorda? Será que a verdade virá? Será que há verdade? Estas e tantas outras, tantas, tantas outras interrogações atravessavam-lhe a mente como flechas a passar ao lado do alvo. Mas cada vez se aproximavam mais do centro.
Olhou para as suas mãos. Eram cinzentas. “Ou será ilusão? Será a minha mente a pensar que estou cinzento?”. Todo o seu corpo estava de um cinzento, uma cor baça. Tentou sentir-se, tocando-se em vários pontos e áreas do corpo. Era a única forma que a sua vista alcançava. Era um homem. Era um ideal. A personificação do ideal clássico. Não fazia sentido. Era perfeito, mas ao mesmo tempo tão imperfeito. Tão incompleto. Tão vazio. Não sabia se era humano. Não sabia o que era. Não sabia quem era. Não sabia há quanto tempo ali estava. Não sabia de onde tinha vindo. Não sabia para onde iria. Queria tanto saber isto, que procurava todas as respostas ao mesmo tempo.
Se as encontrou, já não sei. Apenas sei que se aproxima cada vez mais dessas respostas. A cada pergunta, aproxima-se da resposta. Com cada resposta vem uma pergunta nova. E o cinzento torna-se prateado. E no horizonte da sala pareceu ver-se uma parede…

3.11.08

Questão À Questão



Oh Razão, em ti busco minha luz,
Procurando os porquês de todo o ser,
Duvidando desde o amanhecer
Das verdades impostas pela Cruz.
Parei para pensar em vez de crer,
Mas será que estarei a entristecer?

Genetic Slavery

Genetic Slavery

The world is a horrible place
With its horrible statues
Looking at us with its eyes,
Its horrible eyes.

There's anger and perplexion
On our musical faces,
There's a smirk behind a smile
Making us fear everything.

Graveyards and churches
In a morbid kind of grey,
They're still but alive,
Gazing down on us like preys.

Our hands in our pockets,
Hiding from ourselves,
It's the prehistoric and dogmatic
Fear of masturbating our souls.

I'm a slave of the world.
I'm a slave of the world.
I'm a slave of an illusion.
I'm a slave of my sex.
I'm a slave of my face.
I'm a slave of the world.
I'm a slave of the world.

1.11.08

Bats In Silence


Bats In Silence

We want more than there is,
The reason is a mirror of sounds.
We're not a unit anymore.

Across the world's landscapes
Broken pieces of a perfect jar,
We're shattered in millions.

If we suffer we will not cry:
The witches have no more potions,
We will fly in the night.

There's a feeling of doom in us,
Hope has faded from our eyes,
Our souls cannot go back.

We have constructed this Hell
On this Lord given land of Heaven,
There was a lady after all...

Forbidden thinking saves our death,
Its lovers are dying in hunger
And no one will ever care.

Filipe Dumas, 29 de Outubro de 2008

Lista Da Minha Música

Aqui apresento a música que tenho no meu iTunes. Espero inspirar alguns dos poucos que se interessam pelo que aqui está escrito a ouvir algum dos artistas que aprecio.
A organização é alfabética:

#
- 30 Seconds To Mars (Post-Grunge, Alternative Rock);

A
- Amy Winehouse (Soul);
- Arctic Monkeys (Indie Rock, Garage Rock, Post-Punk Revival);

B
- Bad Religion (Punk Rock, Punk Hardcore);
- Bauhaus (Darkwave, Post-Punk, Goth Rock, Coldwave);
- Beethoven (Classical);
- Blur (Britpop);
- Boduf Songs (não sei bem...);

C
- Coldplay (Alternative Rock, Britpop);

D
- Damien Rice (Folk Rock, Inde Rock);
- David Bowie (Glam Rock);

E
- Echo & The Bunnymen (Post-Punk);

F
- Fingertips (Portuguese Rock);
- Frank Sinatra (Jazz);
- Freddie Mercury (Pop Rock);

G
- Garbage (Alternative Rock);
- Goldfrapp (Electronica);
- Gorillaz (Alternative Rock, Alternative Hip Hop, Trip Hop, Electronica);
- Green Day (Punk Rock);

H
- Haydn (Classical);

I
- Interpol (Post-Punk Revival);

J
- Jimi Hendrix (Hard Rock, Psychadelic Rock, Blues Rock);
- John Lennon (Rock, Psychadelic Rock, Hard Rock, Blues Rock);
- Joy Division (Post-Punk);

K
- Keane (Britpop, Piano Rock);

L
- Led Zeppelin (Blues Rock, Hard Rock);
- Leonard Cohen (Folk);

M
- Marilyn Manson (Alternative Rock);
- Morcheeba (Electronica, Rap Rock, Experimental Rock);
- Muse (Alternative Rock, Progressive Rock, Shymphonic Rock, Experimental Rock, New Prog);
- My Chemical Romance (Alternative Rock);

N
- Nick Cave And Warren Ellis (não sei bem... Folk?);
- Nirvana (Grunge Rock);

P
- Pixies (Alternative Rock);
- Placebo (Post-Punk Revival);

Q
- Queen (Hard Rock);

R
- Rachmaninov (Classical);
- Radiohead (Alternative Rock);
- Rage Against The Machine (Rap Rock);

S
- She Wants Revenge (Darkwave, Goth Rock);
- Siouxsie & The Banshees (Goth Rock);
- SoKo (Jazz Fusion);
- (The London) Suede (Alternative Rock, Britpop);

T
- The Beatles (Rock, Psychadelic Rock);
- The Clash (Punk Rock);
- The Cure (Goth Rock);
- The Faint (Dance-Punk);
- The Ramones (Punk Rock);
- The Rolling Stones (Rock);
- The Stone Roses (Madchester);
- The Verve (Britpop);
- Travis (Alternative Rock, Britpop);
- TV On The Radio (Post-Rock);

W
- Wolfgang Amadeus Mozart (Classical).