30.10.08

A Senhora Rubrica II

Uma figura icónica no mundo da música, visto como o lado negro de tudo o que há no humano. Um artista não reconhecido por muitos, reconhecido de forma errada por outros tantos e reconhecido por alguns. Estou a falar do Marilyn Manson, visto pela sociedade como um cantor que espalha os ideais da droga, do ódio, do satanismo, da depressão, da violência, do sexo e do suicídio. Mas na realidade não é bem assim.
Apenas porque uma palavra está numa canção, não quer dizer que essa música a promova. A poesia aplicada à música, para quem não sabe, também contém metáforas e palavras que vêm antes e depois daquela que está em questão. Ora, se formos ler com atenção uma música deste senhor polémico, vemos que não há nenhuma mensagem socialmente incorrecta.  O uso de palavras obscenas é necessário, por vezes, para dar uma expressividade de revolta, de força. Dizem que fala de suicídio e depressão por conter palavras relacionadas com isso. Mas se tomarmos atenção à música toda, vemos que é sobre ultrapassar esses sentimentos.
O que Marilyn Manson tenta dizer nas suas músicas, tantas vezes mal interpretadas, é para olharmos para a sociedade e questionarmos. Questionarmos, filosofarmos. Ele está a dizer "pensa, sê tu mesmo, não aquilo que te dizem para ser". 
Finalmente, recomendo as seguintes músicas: Lunchbox, Disposable Teens, The Nobodies e Great Big White World, que falam das ideias que referi.

20.10.08

I Can Fly...


O teu amor são as minhas asas.

A Senhora Rubrica


Porque não voltar aos bons velhos tempos, quando a música ainda tinha alma? Hoje em dia olhamos à nossa volta e encontramos a chamada música pop, que acaba por ser uma mistura repetida de sons com fins comerciais. Porque não voltar à década de 70 e 80, quando se deram explosões musicais como o Punk, Post-Punk e o Rock altenativo? Neste campo temos bandas de qualidade, que se destacaram pela inovação que deram ao mundo musical da altura, servindo de modelos a bandas dos anos 80, 90 e raridades do novo milénio. Algumas bandas que devo mencionar são os The Ramones, pioneiros do Punk Rock; Joy Division, que introduziram o Post-Punk, que eu descreveria como uma evolução do Punk muito mais experimentalista e com um ritmo mais lento; Siouxsie & the Banshees, uma banda Post-Punk e Goth que teve grandes influências em artistas vindouros, nomeadamente The Cure; e finalmente Bauhaus, pioneiros do Goth Rock, apesar de não gostarem do termo, o que me permite descrevê-los como Darkwave ou Coldwave (derivações do Punk e Post-Punk). Quando esta última banda acabou, o vocalista Peter Murphy continuou com uma carreira a solo, tendo um grande sucesso a nível comercial. Este artista tem concerto marcado em Lisboa no próximo dia 1 de Novembro, que eu recomendo vivamente. O género de música que Peter Murphy seguiu acabou por ser algo muito mais acessível à cultura popular.
Para concluir, tenho como objectivo alargar os horizontes a todos os que lerem isto, recomendando alguma música antiga mas que, por consenso e opinião minha, é de grande qualidade pela sua riqueza instrumental, lírica e simbólica.

Fim.


Este texto é uma rubrica que escrevi para o jornalzinho da minha escola, a pedido da professora de Desenho Andrea Fernandes e do professor de Filosofia Joaquim Rodrigues.