A dor, que me perfura lentamente,
Atravessa-me a alma nua e frágil,
Como arpão decorado de espinhos,
Rasgando e enterrando-se nos confins
Mais profundos daquilo que me guia.
A dor, desesperante e impiedosa,
Arde no interior escondido e íntimo
E assa, como a fornalha do Inferno,
A minha alma escurecida e já vazia.
Como que a vários milhões de graus
Ardo em pranto gélido e distante,
E a única vontade que me surge,
Diante desta perene escravidão,
É de, com um golpe rápido,
Desaparecer em busca da paz
Na tua eterna companhia.
2 comentários:
É uma situação hipotética, não a a que estou a viver.
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