20.12.09

respiração que se vê



o desabrochar da lentidão destas tardes cinzentas e geladas apontou-me para a arte. foi quando os poemas se sustiveram como gotas de chuva paradas no ar. foi quando o sol me atravessou sem sequer existir. foi então que os lábios gelados murmuraram aquele segredo que não o é. e o gelo quebrou-se - das suas fendas brotaram cantos e melodias. as imagens escaparam da língua e fotografaram-se. delicada, em toda a sua história e presença, a vida cintilou.

15/12/2009

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