30.3.08

Esplendor Nascente

Não sou cabal de tanto esplendor,
Não mereço quem eu amo com ardor,
Não temo a minha, mas a tua dor,
Pois minha existe se não tenho o teu amor…

Um raio de luz do Sol rebenta-me
Do peito, onde se encontra o meu coração,
Que a ti te entrego, com toda a minha luz…
Perenes palavras perpetuam o sentimento
Do qual não me sinto honroso, basta-me
Um olhar simples, mas tu envia-lo com paixão,
Que me amornece a alma, fá-la subir à cruz…

Não me farto, não me canso nem descanso
De tentar expressar aquilo que sinto,
Apesar de não o conseguir fazer,
Ultrapassa-me a todo o vivo momento!
Este poema que por versos entranço
Mostra o sangue que me corre tinto,
Misterioso, transcendente ao meu saber.

Que privilégio é este que me ofereces?
Num tão rápido repente ouves-me as preces,
Não concedidas por outros, assim não apareces…
Mas mesmo longe, sempre me aqueces!

10 de Dezembro de 2007
Filipe Dumas

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