2.4.08

Grafomania

Um desejo sempre existente,
Em mim sempre presente,
Que vive sempre sem preocupar
Onde estão os ponteiros a parar.
Sempre, sempre assombrando,
Sem deixar rasto mais brando.
_
Um desejo sempre sentido,
Que não posso deixar contido,
Palavras ocultas que se arrependem,
Mas que nem por isso se rendem.
Levam-me para além do humano,
E a crerem que não sou sano.
_
Um desejo sempre comigo,
Do qual sou eterno jazigo,
Um horizonte transformado
Que não será nunca domado,
Assim sempre será conhecido
Como o abrigo de um desconhecido.

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