tenho um piano entalado na garganta e as gárgulas parecem-me sempre bonitas. têm a sua magia e consigo vesti-las com qualquer disfarce. hoje ninguém dorme nas ruas, há abrigo neste poema – e este poema é dormir nas ruas. é sentir a madeira quebrantar sonoramente quando a atiramos contra as paredes e saltamos em cima dela aos gritos. é esta respiração alucinada e silenciosa que se passeia pelo ventre da noite (é dizer amo-te). é este enlouquecer de todos os verbos quando os meus dedos tocam a tua pele descoberta. é entalar um piano na garganta como se fosse a última coisa que respiraria antes de morrer e é estar apaixonado pela morte.
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1 comentário:
adorei ...
bj
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